O que é um Contacto Próximo?
Um contacto (próximo) de um caso de COVID-19 é alguém que esteve exposto a um caso confirmado, ou a material biológico de um caso confirmado, dentro do período de transmissibilidade.
Os contactos de casos confirmados são classificados de acordo com o risco de infeção, associado ao nível de exposição, em exposição de alto e baixo risco. Esta classificação irá determinar o tipo de vigilância e de medidas a implementar.
Quem está em risco de doença por COVID-19?
O vírus não tem nacionalidade, idade ou género, por isso todos corremos o risco de contrair a COVID-19.
Ainda assim, as pessoas que correm maior risco de doença grave por COVID-19 são os idosos e pessoas com doenças crónicas (ex.: doenças cardíacas e doenças pulmonares).
Qual é a percentagem de doença ligeira e grave por COVID-19?
80% dos casos de COVID-19 apresentam doença ligeira, isto é, sintomas ligeiros, nomeadamente, febre, rinorreia (pingo no nariz), cefaleia (dores de cabeça) e mialgias (dores no corpo).
Apenas 15% dos casos apresentam um quadro grave, com pneumonia, dificuldade respiratória, com necessidade de internamento e 5% podem eventualmente precisar de cuidados intensivos com necessidade de ventilação.
A maioria dos óbitos são verificados nas pessoas mais idosas e com outras comorbilidades (outras doenças crónicas).
É necessário o internamento em todos os casos de COVID-19?
Nem todos os casos confirmados de COVID-19 necessitam de internamento, desde que apresentem um quadro clínico ligeiro e estável, tenham condições para permanecer em casa e esteja garantido o acompanhamento da equipa de saúde no domicílio.
Quais são os grupos considerados de risco para a COVID-19?
Os grupos de Risco para COVID 19 incluem:
- Pessoas idosas;
- Pessoas com doenças crónicas – doença cardíaca, pulmonar, neoplasias ou hipertensão arterial, entre outras;
- Pessoas com compromisso do sistema imunitário (a fazer tratamentos de quimioterapia, tratamentos para doenças auto-imunes (artrite reumatóide, lúpus, esclerose múltipla ou algumas doenças inflamatórias do intestino), infeção VIH/sida ou doentes transplantados).
- Posso deixar as crianças com os avós?
- Neste momento não se recomenda que as crianças estejam com os avós por serem considerados um grupo vulnerável. Apesar de as crianças serem menos afetadas por esta doença e de terem sintomas mais ligeiros, podem transmitir o vírus a outros.
- É preferível que crianças e avós vão falando através de redes sociais, chats e por telemóvel durante esta fase de transmissão da doença.
- As pessoas que fumam ou usam cigarros de aquecimento ou eletrónicos têm maior risco de contrair a COVID-19?
- Não existem estudos conclusivos. Contudo, é sabido que fumar diminui a imunidade e aumenta o risco de contrair infeções pulmonares bacterianas e virais, de gripe sazonal e de tuberculose, pelo que é expectável que esse risco aumentado também exista relativamente à COVID-19.
- Por outro lado, é possível que as pessoas que fumam ou usam cigarros de aquecimento ou eletrónicos sejam mais vulneráveis ao novo coronavirus (SARS-CoV-2) e à Covid-19, pois, durante o ato de fumar, os dedos, os cigarros ou os bocais eventualmente contaminados podem entrar em contacto com a boca, o que aumenta a possibilidade de transmissão do vírus. O uso de cachimbos de água (shisha), pode envolver a partilha de bocais, o que poderá facilitar, também, a transmissão do novo coronavírus.
- Para diminuir esse risco lave as mãos antes e depois de fumar, lave os bocais e desinfete os aparelhos de aquecimento ou os cigarros eletrónicos com uma solução à base de álcool após a compra e frequentemente após a utilização. Não partilhe cigarros ou equipamentos. Os bocais dos cachimbos de água nunca devem ser partilhados, devendo ser devidamente higienizados após a sua utilização.
As pessoas que fumam têm maior risco de desenvolver complicações graves se contraírem a COVID-19?
Embora ainda nem tudo seja conhecido acerca da COVID-19, pessoas com idade mais avançada, patologias crónicas cardiovasculares, respiratórias ou diabetes apresentam maior risco de desenvolver complicações graves no caso de serem infetadas pelo novo coronavírus.
As pessoas fumadoras têm maior probabilidade de sofrer destas doenças em resultado da exposição ao fumo do tabaco. No caso de serem infetadas pelo novo coronavírus poderão apresentar maior risco de sofrer complicações graves, pois fumar lesa os tecidos pulmonares e aumenta a produção de muco a nível da árvore brônquica, o que contribui para aumentar a dificuldade respiratória. Por outro lado, fumar diminui a imunidade, tornando mais lenta e difícil a luta contra a infeção e a cura da doença.
Parar de fumar diminui o risco de contrair a COVID-19?
Ainda não são conhecidos estudos nesta área. Contudo, deixar de fumar ou usar cigarros de aquecimento ou eletrónicos permite eliminar o manuseamento dos cigarros e o eventual toque dos dedos, eventualmente contaminados, na boca.
Por outro lado, é possível que se consigam gerir melhor as condições de doença crónica preexistentes no caso de haver infeção, porque o abandono do tabaco tem um impacto positivo nos níveis de oxigénio no sangue, na redução da sintomatologia respiratória e no sistema cardiovascular, que vão melhorando com o passar do tempo. Gerir melhor as doenças crónicas pré-existentes pode aumentar a capacidade dos pacientes com COVID-19 para responderem melhor à infecção e reduzir o risco de complicações mais graves.